Agora que o frio e a chuva começam a ameaçar fazer parte das nossas vidas – é a dura realidade e não há volta a dar -, urge começar a planear actividades de lazer dentro de portas e aproveitar ao máximo os fins-de-semana na companhia da família e dos amigos. Para muitos de nós, a proposta passa, inevitavelmente, por procurar abrigo no interior das salas de cinema e de unidades museológicas. E se esses espaços tiverem actractivos capazes de satisfazer vários tipos de públicos e de gostos, tanto melhor – quem vive os tempos de lazer em família sabe bem o quanto é importante “agradar a gregos e troianos” de uma só vez.
É neste perfil que se encaixa o Museu do Brincar, situado em Vagos, na região de Aveiro, e que acaba de reabrir as portas ao público com uma nova exposição temporária – o espaço fecha, anualmente, em Setembro para reformular o seu discurso expositivo. “Eu brincava com…” é o mote da exposição inaugurada no dia 14 de Outubro (e que se irá manter até ao final do Verão de 2018) e que levou até ao antigo palacete Visconde de Valdemouro, onde mora o museu, novas brincadeiras e novos brinquedos.
Se ainda não visitou este local que diz levar “muito a sério o brincar”, está na altura de partir à descoberta do mundo encantado que se esconde entre aquelas paredes. Caso já o tenha visitado, fica a nota: com a alteração do discurso expositivo, há muitas novidades para descobrir no interior da unidade museológica dinamizada pela Associação Arlequim – Teatro para a Infância.
Centenas de brinquedos à espera dos visitantes
Uma das grandes particularidades deste museu, que está aberto de terça-feira a domingo (das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30), passa, precisamente, pela permissão que é dada aos visitantes para tocarem na grande maioria das peças expostas (daí chamar-se Museu do Brincar e não Museu do Brinquedo). São mais de 1.000 artigos que estão à espera de serem apreciados (brinquedos, material escolar, vestuário, fotografias e livros) e tocados. E por várias gerações, uma vez que naquele espaço habitam os brinquedos dos nossos avós, dos nossos pais e, também, os nossos. Vamos soltar a criança que há em nós?