Culpada me confesso: sou uma dessas pessoas que não resiste a visitar novos pontos de interesse nas cidades, restaurantes e bares incluídos. Mal leio um artigo referente a uma qualquer novidade, coloco-o nessa espécie de “to-do list” dedicada ao lazer e ao ócio. Foi o que aconteceu já em Fevereiro, quando me deparei com um artigo que anunciava a abertura de um novo wine bar na cidade do Porto. Instalado num belo pátio de uma antiga casa senhorial e com mais de 100 referências de vinhos para provar e uma lista de petiscos capazes de fazer crescer água na boca, o Páteo das Flores tinha tudo para liderar a lista de locais de visita obrigatória. Tanto mais porque estava situado na cidade que tinha acabado de ser nomeada Destino Europeu de 2017.
Cerca de um mês depois da abertura, tentei visitar o espaço de que toda a gente falava. Azar. O Páteo das Flores estava com lotação esgotada e já não aceitava reservas. Uma resposta que, tenho de admitir, aumentou ainda mais a vontade de avançar para uma nova investida. Sorte grande. À segunda tentativa foi de vez – ainda que tenha ficado limitada a uma das mesas disponíveis na sala de entrada (mais uma vez, a casa estava com lotação esgotada) -, consegui mesa no espaço situado no número 135 da Rua das Flores e degustar o que ele tem de melhor.
Petiscos e vinhos
A carta de vinhos é notável – são dezenas de referências, para todos os gostos e orçamentos – e o menu de petiscos e pratos disponíveis também não lhe ficam atrás (entre as principais estrelas da carta estão o tártaro de atum, a francesinha de massa folhada e a carne maturada). Fica, assim, confirmado: o Páteo das Flores é um local que consegue satisfazer o nosso paladar, na certeza de que vale também (e muito) pela beleza e requinte do seu espaço.
Instalado em parte daquela que foi a Casa dos Constantinos (um edifício senhorial dos finais do século XVIII), o Páteo das Flores divide-se por três espaços distintos, decorados por Pedro Mourão. A sala da entrada (onde consegui lugar), tem essa grande vantagem de oferecer vista privilegiada para a “super” movimentada Rua das Flores, bem como para uma enorme garrafeira e uma pintura mural da autoria dos artistas Third & Mots. Ao fundo do corredor, encontrará uma sala com duas mesas corridas (com capacidade para seis pessoas cada), mas é, um pouco mais à frente, que encontrará a verdadeira cereja no topo do bolo: a área do pátio, com cobertura de vidro, um piso que evoca a calçada portuguesa e mais um mural assinado pela dupla Third & Mots. Uma sala que cativa o olhar e que me leva a deixar a promessa de voltar ao Páteo (para a próxima, efectuarei a reserva com vários dias de antecedência).