O desenvolvimento tecnológico e comunicacional, as mudanças no mercado global e o constante aparecimento de novos produtos e serviços, obrigam-nos a encarar a nossa carreira profissional como um verdadeiro desafio – longe vão os tempos do emprego para toda a vida, da profissão estanque e imutável. Esta é a época em que urge estar preparado para as mudanças, acompanhar as tendências e ter uma capacidade extra de adaptação. E mais ainda quando se ocupa um lugar de liderança ou se é empreendedor: a resposta a todas estas alterações tem de ser rápida e eficaz.
O empreendedor e autor Faisal Hoque considera, mesmo, que há seis tendências às quais temos de prestar cada vez mais atenção na nossa vida profissional. Com essa certeza: elas vão moldar as nossas carreiras profissionais no futuro. A ordem passa, sem sombra de dúvida, por nos mantermos actualizados, alerta o autor do livro “Everything Connects: How to Transform and Lead in the Age of Creativity, Innovation, and Sustainability”.
Num artigo publicado na Business Insider, Faisal Hoque começa por destacar, como tendência número um, a necessidade de ler muito para estar aberto à mudança – é a melhor forma de reter, cultivar e atrair conhecimento. Igualmente essencial: remover os “pontos finais” no que toca à inovação (a definição de inovação é clara: desenvolvimento de novos produtos, métodos ou conceitos).
Uma terceira tendência base passa por, segundo o autor, “pensar, actuar e fazer digital”. É um caminho sem retorno, já se sabe. “Há uma nova onda de oportunidades e desafios há medida que o mundo fica cada vez mais conectado”, realça o empreendedor.
Em quarto lugar, Faisal Hoque aponta um conceito ainda pouco conhecido junto da maioria das pessoas, a Inteligência Artificial (IA). “À medida que a IA vai evoluindo e amadurecendo, é altura de cada empresa começar a experimentar as muitas maneiras pelas quais essas tecnologias podem ajudar as organizações a trabalhar de forma mais inteligente e mais rápida”, aconselha o autor. Para quem quiser um pouco mais sobre IA e as alterações que ela está a provocar, recomendo a leitura deste artigo do João Pedro Pereira, no Público.
Se não está familiarizado com o conceito de “design thinking”, está na altura de memorizá-lo e, acima de tudo, de adoptá-lo, uma vez que é outra das tendências actuais do mercado. São cada vez mais as empresas que adoptam esta metodologia de geração de inovação, centrada nas pessoas e especialmente adequada para situações complexas ou com elevados níveis de incerteza. “O ‘design thinking’ não é apenas sobre criatividade, uma vez que a resolução complexa de problemas exige uma abordagem colaborativa que incorpora todas as partes de uma organização – desde recursos internos, parceiros e clientes”, adverte o autor.
Por último, é apontado e sugerido algo bem simples, mas que nem sempre temos presente: a empatia – que segundo o autor, “paga dividendos”. No mercado de trabalho e nas empresas, isto passa por ouvir os outros, considerar diferentes perspectivas e criar espaço para lidar com os desafios/problemas em equipa.
Preparados para transformar estas tendências em formas de actuação?